sexta-feira, 19 de novembro de 2010

foto: Claudio Edinger
fonte: http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/arch2008-09-01_2008-09-30.html


Minha primeira vez:

T
r
i
a
n
o
n
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Parque
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Desde o nosso nascimento somos brindados com a primeira vez. Ao nascer respiramos. Ao sentirmos a falta da mãe ou do pai, choramos. Uma primeira enfermidade, o primeiro alimento, a primeira música, a primeira namorada, o primeiro sexo, o primeiro amor.

É desta experiência primeira que cá estou a relatar. Neste caso estou a falar da minha primeira vez no Parque Trianon, no coração da Avenida Paulista. Já passei em frente a ele inúmeras vezes, sua vegetação, seu ar tropical sempre me convidou a entrar, porém desta vez aceitei o convite generoso. Visita tardia, porém singular!

Sinto neste exato momento tranquilidade, tanto que me sentei a um banco de madeira, embaixo de sol e árvores frondosas, para deixar a pena correr. Pássaros conversam, automóveis ao longe conversam, porém cá estou a dialogar com algo que vem antes de tudo isso e que da sentido a isso: eu mesmo! Como é bom se redescobrir a cada alvorada. Como é bom saber que para mudar de direção basta coragem, basta ação. É no samba entre o acreditar e o agir que surge notas musicais que embalam nosso presente, passado e futuro.


Como é bom voltar a sonhar, pois é por meio do sonho que nos mantemos vivos e estabelecemos sentido para o milagre da existência.

Sinto sabores, sinto fragrâncias que embalam esta minha tarde singular no Trianon.

A poesia está no olhar do observador que em sintonia com as forças da natureza consegue captar momentos singulares, como uma folha que se liberta de um galho e alça voo para o desconhecido, e na sequência dezenas delas fazem o mesmo, transformando o céu em momento cinematográfico. Me vem a memória cabelos. Cabelos grossos, fortes, brilhantes, volumosos, que tanto me faz sorrir. Cabelos fortes que revelam a personalidade e a essência vital de um ser humano singular que a espiritualidade ou as forças vitais da natureza apresentaram a mim, e estou feliz por sentir meu coração vibrar, trazendo a memória escritos de Osho!

Alexandre Pasqüelli
13h20
18 nov 2010

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